domingo, 22 de junho de 2008

Rio do Oeste

Dia 23 de junho, Rio do Oeste, que é a cidade onde moro, comemora 50 anos de emancipação política.Segue um slide com fotos aéreas da cidade.
Parabéns! Rio do Oeste!

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Curso na AMAVI

Esta semana eu e minha colega Soni participamos de mais uma etapa de um curso onde estamos estudando e organizando a estrutura de uma proposta curricular de educação. A proposta é de que todos os municípios pertencentes a AMAVI, sigam uma linha sócio histórica. Na etapa desta semana, a professora Ana Luzia Luis Caritá promoveu debates em torno da Educação Infantil, trazendo ao grupo reflexões sobre o que é a infância e o que se quer com a educação de crianças menores de 7 anos nas instituições de educação infantil. Vou registrar aqui três textos que foram lidos, que trazem três formas diferentes de ver a infância, e que nos fazem refletir:


MEUS OITO ANOS
Casimiro de Abreu

Oh que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais

Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras,
A sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais.

Como são belos os dias
Do despontar da existência
Respira a alma inocência,
Como perfume a flor;

O mar é lago sereno,
O céu um manto azulado,
O mundo um sonho dourado,
A vida um hino de amor !

Que auroras, que sol, que vida
Que noites de melodia,
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar

O céu bordado de estrelas,
A terra de aromas cheia,
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar !

Oh dias de minha infância,
Oh meu céu de primavera !
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã

Em vez das mágoas de agora,
Eu tinha nessas delicias
De minha mãe as carícias
E beijos de minha, irmã !

Livre filho das montanhas,
Eu ia bem satisfeito,
Pés descalços, braços nus,
Correndo pelas campinas

A roda das cachoeiras,
Atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis!

Naqueles tempos ditosos
Ia colher as pitangas,
Trepava a tirar as mangas
Brincava beira do mar!

Rezava as Ave Marias,
Achava o céu sempre lindo
Adormecia sorrindo
E despertava a cantar !

Oh que saudades que tenho
Da aurora da minha vida
Da, minha infância querida
Que os anos não trazem mais

Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras,
A sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!


AI QUE SAUDADES
Ruth Rocha

Ai que saudades que eu tenho!
Da aurora da minhã vida
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais...
Me sentia rejeitada
Tão feia, desajeitada,
Tão frágil, tola, impotente,
Apesar dos laranjais.
Ai que saudades que eu tenho
Da aurora da minha vida
Não gostava de comida
Mas tinha que comer mais...
Espinafre, beterraba, e era fígado, e era fava
E tudo que eu não gostava
Em porções industriais
Como são tristes os dias
Da criança escravizada
Todos mandam na coitada,
Ela não manda em ninguém...
O pai manda, a mãe desmanda,
O irmão mais velho comanda,
Todos entram na ciranda,
E ela sempre diz amém...

3º QUE TAMANHO TENHO EU -
Ana Maria Machado

Era uma vez uma menina. Não era uma menina
deste tamanhinho. Mas também não era uma
menina deste tamanhão. Era uma menina assim
mais ou menos do seu tamanho. E muitas vezes ela
tinha vontade de saber que tamanho era esse, afinal
de contas. Porque tinha dias que a mãe dela dizia
assim:
_ Helena, você já está muito grande para fazer uma
coisa dessas. Onde já se viu uma menina do seu
tamanho chegar em casa assim tão suja, de ficar
brincando na lama? Venha logo se lavar.
Então ela achava que já era bem grande.
Mas às vezes, também, o pai dela dizia assim:
_ Helena, você ainda é muito pequenininha para
fazer uma coisa dessas. Onde já se viu uma menina
do seu tamanho ficar brincando num galho de árvore
tão alto assim? Desça já daí. Senão, você pode cai.
Aí Helena achava que ela era mesmo uma bebezinha
que não podia fazer nada sozinha.
E era sempre assim. Na hora de ir ajudar no
trabalho da roça, ela já era bem grande. Na hora de
ir tomar banho no rio e nadar no lugar mais fundo,
ela ainda era muito pequena. Na hora em que os
grandes ficavam de noite conversando no terreiro
até tarde, ela era pequena e tinha que ir dormir. Na
hora em que espetava o pé com um espinho e queria
ficar chorando no colo de alguém, só com dengo e
carinho, sempre diziam que ela já estava muito
grande para ficar fazendo manha. Se ela tivesse um
espelho mágico, que nem a rainha madrasta da
Branca de Neve, bem que podia perguntar:
__Espelho meu, espelho meu, que tamanho tenho
eu?

Não nos fazem refletir???

terça-feira, 17 de junho de 2008

etapa concluida

Quando vc consegue finalizar algo, e reflete sobre tudo o que passou, conclue q nada é realmente acabado, é sempre um eterno recomeçar... Terminar o curso de pós graduação não foi nada fácil foram dias intermináveis de estudo, leitura, trocas de e-mails, discussões e debates acalorados, inquietações, que com certeza me fizeram modificar muitas coisas em minha vida.
Gostaria de registrar aqui meus agradecimentos a todos que participaram desse processo, principalmente a Joanita, que sem ela nada seria possível, à profª Leandra pela paciência e pelas constantes reflexões a que nos levou, e a profª Suely por ser a idealizadora de tudo.
Como utilizei este espaço até então para registrar somente sobre a pós, vou começar a postar outras coisas referente a educação. Em breve!!!